IROKO

Iroko

 

Iroko é um Orixá pouco cultuado no Brasil; Seus filhos também são raros.

Iroko vive na mais suntuosa árvore que há numa roça de candomblé’ e também nas matas.

Representa a ancestralidade, nossos antepassados, pais, avós, bisavós, tataravôs. Representa também o seio da natureza, morada dos orixás…

Desrespeitar iroko, (grande e suntuosa árvore ) é desrespeitar sua dinastia, seus avós, seu sangue…

Iroko representa a história do ylé, assim como, de seu povo…

Protegendo sempre o mesmo das tempestades.

Iroko protege muito seus filhos…

Arquétipos:

Eloqüentes, ciumentos, camaradas, inteligentes, competentes, teimosos, turrões e generosos. Gostam de diversão: dançar e cozinhar; comer e beber bem.

Se apaixona com facilidade, assim como gostam de liderar.

Dotados de senso de justiça, são amigos queridos e inimigos terríveis. Porem se reconciliam facilmente. Não conseguem guardar segredos.

Lendas:

QUEM PROMETE A IROCO DEVE CUMPRIR.

Havia uma vendedora de obis e orobôs que todos os dias, ao ir para o

mercado, passava por um grande pé de iroco e lhe deixava uma oferenda, pedindo que ajudasse a engravidar, assim mais tarde, teria alguém para ajudá-la com a mercadoria que carregava na cabeça num pesado balaio e, também companhia na velhice.

Prometia a Iroco um bode, galos, obis, orobos e uma série de oferendas da predileção do Orixá da Arvore.

A mulher concebeu e deu a luz a uma filha, esquecendo-se da promessa no mesmo instante. Ao ir para o mercado, escolhia outro caminho, esquivando-se de passar perto de Iroco, com medo que o Orixá cobrasse a promessa.

A menina cresceu, forte e sadia e, um dia a mulher teve necessidade de

passar, com a filha, perto de Iroco.

Não tinha outro jeito se não por ali. Saudou a arvore, sem se deter, e

seguiu seu caminho, com o balaio na cabeça.

A criança parou junto a quem lhe tinha dado a vida (sem de nada saber), achando Iroco belo e majestoso.

Apanhou uma folha caída no chão e não se deu conta que a mãe seguia em frente, andando mais depressa que de costume, quase correndo. Quando a mulher percebeu que tinha caminhado ligeiro demais, já estava muito afastada da menina.

Olhando para trás. Viu a arvore bailando com a criança e falando da promessa abandonada. As enormes raízes abriram um buraco na terra, suficientemente grande para tragar a menina, propriedade do orixá.

“Quem prometer, que cumpra”.